domingo, 3 de julho de 2011

Reportagem da Revista "VEJA", em 14/07/2008

Olá, friends! :)
Bom, acabei de assistir "Batman-O Cavaleiro das Trevas" pela 12183271329430434 vez (hehehehe) e me inspirei para fazer outra postagem sobre matérias jornalísticas que falam sobre o Heath.
Dessa vez, obvio, vou falar sobre "Batman", uma reportagem extraída da Revista "VEJA", em 14 de julho de 2008, na semana em que o filme estreou mundialmente.

DIRETO DO CORAÇÃO DAS TREVAS
Sessão: Cinema
Autora: Isabela Boscov
Data: 14/07/08

"Como o Coringa, Heath Ledger é o que o novo Batman tem de mais excitante-e de mais devastador"
" 'Esta cidade merece criminosos melhores', diz o Coringa, desdenhando dos que o precederam na missão de flagelar Gotham. E isso, de fato, é o que Batman- O Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight-Estados Unidos) que estreia nesta sexta feira no país, tem a oferecer- não só o melhor de todas as adaptações dos quadrinhos para o cinema, como também, mais propriamente, o primeiro que não é uma caricatura ou uma invenção pueril, mas uma verdadeira força da aniquilação e da ruína. Na última e estupenda criação de Heath Ledger (morto em 22 de janeiro, de overdose de medicamentos), o Coringa é algo que se pode temer: alguém cujo desejo único é destruir os outros e tudo; e cujos motivos é possível intuirm mas não medir nem compreender. O mais existencialista dos super heróis ganha, assim, um adversário que é o seu exato oposto e complemento- um niilista.
De Amnésia e Insônia a O Grande Truque, o interesse do diretor inglês Christopher Nolan esteve sempre aí, no que acontece a uma pessoa quando uma distorção passa a defini-la. Batman Begins, destinado a restabelecer as origens do personagem, se desviava dessa rota, e talvez por isso deixasse a sensação de que algo fundamental lhe faltava. Agora, Nolan retoma seu tema com ímpeto redobrado: a distorção que é o Coringa passa aqui a definir tembém Batman. Na verdade, quase que o explica. Tudo o que o milionário Bruce Wayne e seu alter ego heroico têm de perfeito e composto, o Coringa tem de desfeito e desorganizado-a maquiagem tosca e borrada, a voz estranha, a sujeira do cabelo, as roupas mal costuradas, a absoluta ausência de autocensura. Sabiamente, O Cavaleiro das Trevas se recusa a dar a ele uma identidade e uma história pregressa: de certa forma, como na novela célebre concebida por Oscar Wilde, Batman seria Dorian Gray, sempre jovem e íntegro, enquanto o Coringa seria o retrato que Dorian esconde no sótão, e no qual ficam impressas as marcas de sua corrupção e degradação. Em O Cavaleiro das Trevas, a tese não é apenas que os super-heróis dependem de vilões para existir; é que eles mudam no contato com a torpeza, e não para melhor. O impacto do Coringa, assim não se fará sentir apenas sobre Batman mas também sobre o procurador Harvey Dent (Aaron Eckhart), cuja estrela está subindo graças à perseguição que empreende contra os mafiosos de Gotham. Dent mexe onde mais lhes dói- no bloso-, e os criminosos se vingam lançando sobre a cidade o apocalipse que é o Coringa.
Bale, como Bruce Wayne: a torpeza muda os super-heróis. E não para  melhor
De volta à sua zona de conforto, Nolan faz tudo o que não pôde fazer em Batman Begins. O pessimismo é quase insuportável, as cenas de ação (rodadas no sistema IMAX, que lhes confere excepcional profundidade e nuance) são uma expressão do caos e os reverses de Gotham se acumulam até o descontrole. Também o elenco encontra terreno mais bem preparado em que em que exercitar seus muitos pontos fortes. As atuações são nunca menos que excelentes, de Christian Bale como Bruce Wayne/Batman a Michael Caine, Morgan Freeman, Aaron Eckhart, Maggie Gyllenhaal (substituindo, com grande vantagem, a inexpressiva Kate Holmes) e Gary Oldman- como o triste, gentil e torturado comissário Gordon.
Um degrau acima, contudo, está o trabalho de Heath Ledger, que exprime o prazer do Coringa na própria decomposição com uma originalidade arrebatadora, tão afinada nos seus aspectos intuitivos quanto técnicos (a voz, um estudo sobre os timbres agudos e anasalados de Marlon Brando, conta como um personagem em si). Christopher Nolan escolheu o australiano ao vê-lo como o caubói homossexual Ennis del Mar em O Segredo de Brokeback Mountain e constatar que estava diante de uma criatura virtualmente mitológica- um ator sem vaidade. (O mesmo não se pode dizer de Jack Nicholson, que pelo menos até o próximo dia 18 segue considerando-se o Coringa definitivo, e ficou furioso por ter sido preterido.)
Ledger é o que O Cavaleiro das Trevas tem ao mesmo tempo de mais excitante e mais devastador. Se aos 28 anos, um ator foi capaz desse assombro, mal é possível imaginar o que o cinema perdeu.
Heath Ledger sem maquiagem e (acima) com a caracterização que ele próprio concebeu ao Coringa:uma força da aniquilação e da ruína.


Enfim, aqui está a reportagem. Achei bem interessante, resumiu de um modo sucinto e preciso o que é o filme "O Cavaleiro das Trevas", basicamente.
Gostei do que falaram sobre a interpretação de Heath (só não concordo que foi "uma força da aniquilação e da ruína").
Bom, se vocês ainda não viram o filme, surigo que vejam, pois é muito bom, é meu favorito, independentemente de eu ser mega fã do Heath.
Se você leu a reportagem, com certeza ficou com vontade de assisti-lo né?
hehehehe
;)

Até a próxima! :)

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